Os Aquedutos de Catalloc são uma das obras de engenharia hidráulica mais impressionantes do mundo, construídas no meio do deserto pela antiga cultura de Nazca (200 d.C. – 700 d.C.). Eles estão localizados a 4 km ao norte de Nazca, nos vales de Nazca, Taruga e Las Trancas(Peru).
São canais subterrâneos onde circula a água subterrânea. Dos 46 aquedutos encontrados, 32 ainda estão em funcionamento hoje, algo que começou há 1.500 anos no período pré-inca. Em alguns casos, alguns percorrem vários quilômetros abaixo da superfície até profundidades de até 12 metros.
Aqueduto é um canal ou galeria, subterrâneo ou à superfície, e construído com a finalidade de conduzir a água. Os aquedutos são normalmente edificados sobre arcadas ou sob plataformas de vias de comunicação. Na antiguidade, quase todas as civilizações construíram aquedutos, como por exemplo a China, a Caldeia, a Assíria, a Fenícia, a Grécia e Roma. Foi com a civilização romana que os aquedutos tiveram um desenvolvimento extraordinário. A cidade de Roma, no século III era abastecida por catorze aquedutos, o maior deles com 93 km de extensão.
Como é que foram costruídos os Aquedutos de Catalloc ?
Os Aquedutos de Catalloc foram construídos pela antiga cultura de Nazca, que habitou o sul do Peru entre os séculos II a.C. e VI d.C. Eles fazem parte de um sistema de 46 aquedutos subterrâneos que captavam a água subterrânea e a conduziam para as áreas de cultivo e habitação no meio do deserto.
Os aquedutos foram escavados na rocha ou na terra, usando pedras de laje e troncos de huarango para sustentar as paredes. Ao longo do trajeto, havia 35 poços de ventilação em forma de espiral, chamados puquios, que serviam para limpar, conservar e coletar a água. Alguns desses poços tinham até 12 metros de profundidade.
Os aquedutos de Catalloc são considerados uma obra-prima da engenharia hidráulica, pois demonstram o conhecimento dos nazcas sobre a geologia, a hidrologia e o clima da região. Eles também revelam a capacidade dos nazcas de se adaptar ao ambiente árido e escasso em recursos hídricos.
Como visitar os Aquedutos de Catalloc ?
Para visitar os Aquedutos de Catalloc, você tem algumas opções. Uma delas é contratar um tour guiado ou um táxi no centro de Nazca, que fica a cerca de 4 km de distância. Outra é ir a pé, seguindo as indicações do centro de informações turísticas.
Os Aquedutos de Catalloc ficam abertos ao público todos os dias, das 8h às 17h. A entrada é gratuita. Você pode caminhar pelos canais subterrâneos e ver os poços em forma de espiral que serviam para ventilar e coletar a água. Também pode apreciar a paisagem do deserto e as linhas de Nazca que se desenham no solo.
Para visitar os Aquedutos de Catalloc, é importante levar bastante água, chapéu ou boné, protetor solar e calçados confortáveis. Lembre-se que você está no deserto e que o sol e o calor podem ser intensos. Também é recomendável respeitar o patrimônio histórico e não danificar ou poluir os aquedutos.
A visita aos Aquedutos de Catalloc pode durar entre 30 minutos e uma hora, dependendo do seu ritmo e do seu interesse. Você pode explorar os canais subterrâneos, ver os poços em espiral e tirar fotos da paisagem. Se você quiser, também pode combinar a visita com outros atrativos de Nazca, como o cemitério de Chauchilla, o centro cerimonial de Cahuachi ou as linhas de Nazca.
Qual é a história e a cultura de do povo Nazca?
O povo nasca foi uma civilização que se desenvolveu no litoral sul do atual Peru, entre os séculos II a.C. e VI d.C. Sua cultura foi centrada na cidade de Cahuachi, considerada um centro religioso e político. Os nasca foram grandes matemáticos e arquitetos, construíram pirâmides e grandes templos religiosos.
A cultura nasca se destacou pela produção de cerâmica, têxteis e geoglifos. A cerâmica nasca era colorida e decorada com motivos geométricos, animais e humanos. Os têxteis nasca eram feitos de algodão e lã de cameloídeos, tingidos com cores vivas e bordados com desenhos complexos. Os geoglifos nasca eram enormes figuras desenhadas no solo do deserto, representando animais, plantas, pessoas e linhas. Esses geoglifos são visíveis apenas do ar e seu significado ainda é um mistério.
A cultura nasca também se caracterizou pelo desenvolvimento de sistemas hidráulicos, como os aquedutos de Catalloc, que captavam a água subterrânea e a conduziam para as áreas de cultivo e habitação. Os nasca cultivavam milho, algodão, feijão, abóbora, batata e mandioca. Eles também criavam lhamas, alpacas, cães e patos. A sociedade nasca era composta por chefias locais e regionais, sem um poder centralizado. A religião nasca era politeísta e baseada na adoração da natureza, dos astros e dos antepassados.
A cultura nasca entrou em declínio por volta do século VI d.C., possivelmente por causa de mudanças climáticas, inundações, secas ou invasões de outros povos. Alguns vestígios da cultura nasca ainda podem ser vistos hoje em dia, como os geoglifos, as cerâmicas, os têxteis e os aquedutos.
Que monumentos e vestigios existe do povo Nazca ?
Existem vários monumentos e vestígios do povo nasca que podem ser apreciados hoje em dia. Alguns deles são:
- Cahuachi: um grande centro cerimonial composto por pirâmides, templos e praças, construído com adobe e madeira. Era o principal local de peregrinação e rituais da cultura nasca. Fica a cerca de 28 km de Nazca.
- Chauchilla: um antigo cemitério nasca, onde se encontram múmias, cerâmicas, têxteis e outros objetos funerários. Fica a cerca de 30 km de Nazca.
- Geoglifos: enormes figuras desenhadas no solo do deserto, representando animais, plantas, pessoas e linhas. São visíveis apenas do ar e seu significado ainda é desconhecido. Ficam nas Pampas de Jumana, a cerca de 25 km de Nazca.
- Aquedutos: canais subterrâneos que captavam a água subterrânea e a conduziam para as áreas de cultivo e habitação. São exemplos os aquedutos de Catalloc, Ocongalla e Aja.
- Cerâmicas: vasos, pratos, copos e outros objetos feitos de argila e decorados com cores vivas e motivos geométricos, animais e humanos. São encontrados em museus, cemitérios e sítios arqueológicos.
- Têxteis: tecidos feitos de algodão e lã de cameloídeos, tingidos com cores vivas e bordados com desenhos complexos. São encontrados em museus, cemitérios e sítios arqueológicos.
Como posso ver os geoglifos?
Para ver os geoglifos de Nazca, você tem algumas possibilidades. Uma delas é fazer um voo de avião sobre a área onde estão as figuras, que podem durar entre 30 e 60 minutos. Essa é a melhor forma de apreciar a magnitude e a beleza dos desenhos, que são visíveis apenas do ar. Você pode contratar esse serviço em Nazca ou em outras cidades próximas, como Ica ou Paracas.
Outra opção é visitar a torre de observação que fica na rodovia Panamericana Sul, a cerca de 25 km de Nazca. Essa torre tem 12 metros de altura e permite ver dois dos geoglifos: a Árvore e as Mãos. A entrada custa 3 soles (cerca de 1 €) por pessoa.
Uma terceira opção é visitar os mirantes naturais que existem nas colinas à volta dos geoglifos. Esses mirantes permitem ver algumas das figuras, como o Condor, o Papagaio e o Macaco. Você pode chegar até eles de carro, moto ou bicicleta.
Trabalho na área de tecnologia e informática desde 1993 e na área de internet como blogger e webmaster desde 2004. Adoro tecnologia, gadgets, cinema e viagens. Adoro investigar e escrever sobre tecnologias, viagens e carros.
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