Uma recente anomalia detectada no polo sul da Terra tem gerado grande preocupação entre cientistas, devido aos potenciais efeitos devastadores que pode desencadear em várias regiões do hemisfério sul, incluindo o Brasil. A principal causa de alarme é a instabilidade observada no vórtice polar sul — uma vasta massa de ar frio que circula em torno dos polos em correntes de vento.
Nas últimas semanas, os especialistas notaram com apreensão que essas correntes de vento estão a comportar-se de forma anormal, com instabilidade, perda de velocidade e aumento de temperatura na estratosfera.
Consequências para o Brasil
Se o vórtice polar sul entrar em colapso, as correntes de vento poderão inverter a sua direção, o que poderia resultar em ondas de calor extremas e secas prolongadas no Brasil. As temperaturas poderiam facilmente atingir os 47ºC, persistindo durante até cinco meses. Além do calor intenso, essa alteração nas correntes de ar pode provocar desordens climáticas, com eventos como temporais severos, inundações, ressacas e ventos fortes.
O que é o vórtice polar sul ?
O vórtice polar sul é uma grande área de baixa pressão e ar frio que circula sobre a Antártida, o continente mais ao sul da Terra. É uma formação atmosférica que se caracteriza por ventos intensos que giram em sentido horário ao redor do polo sul, confinando o ar frio dentro de uma região limitada, conhecida como a estratosfera polar.
Este fenômeno ocorre durante o inverno antártico, quando a falta de luz solar contribui para a formação de uma camada muito fria na estratosfera. A força do vórtice polar sul é influenciada por diversos fatores climáticos, incluindo a temperatura da estratosfera e a interação com outras correntes de vento.
Quando o vórtice polar sul está estável, ele mantém o ar frio concentrado sobre a Antártida. No entanto, se o vórtice enfraquece ou se torna instável, pode levar a mudanças significativas nas correntes de vento e na distribuição do ar frio, o que pode impactar o clima em várias partes do hemisfério sul, incluindo o Brasil. Essas mudanças podem resultar em eventos climáticos extremos, como ondas de calor, secas prolongadas ou tempestades severas.