A cultura japonesa é resultado das várias ondas de imigração do continente asiático e das ilhas do Pacífico, seguida por uma forte influência cultural da China e, em seguida, um longo período de relativo isolamento do resto do mundo sob o xogunato Tokugawa até à chegada dos navios negros da Era Meiji até o final do século XIX, quando recebe uma enorme influência cultural estrangeira, que se torna ainda mais forte após o fim da Segunda Guerra Mundial.
A cultura japonesa é rica e diversificada, abrangendo vários aspectos como a língua, a religião, a arte, a gastronomia, a etiqueta, os valores e as tradições. A cultura japonesa é marcada por um forte senso de identidade nacional, de respeito pela natureza e pelos ancestrais, de harmonia social e de busca pela excelência. A cultura japonesa também é conhecida pela sua capacidade de adaptação e inovação, especialmente no campo da tecnologia.
Os 7 conceitos japoneses que podem mudar a tua mentalidade e a forma de encarar a vida são :
IKIGAI é um conceito japonês que significa “a razão de ser” ou “o propósito de vida”. É o que faz você se levantar pela manhã com alegria e motivação. É o que te dá sentido e prazer na vida. É o que combina o que você ama, o que você é bom, o que o mundo precisa e o que você pode ser pago.
Muitas pessoas acreditam que o IKIGAI é o segredo para uma vida longa, feliz e saudável, especialmente em Okinawa, uma ilha japonesa com muitos centenários. Para encontrar o seu IKIGAI, você precisa se observar, experimentar coisas novas, seguir a sua paixão e contribuir para a sociedade. Você pode começar por coisas simples e pequenas, como beber um café pela manhã ou ler um livro, e depois evoluir para objetivos maiores.
É uma filosofia de vida que busca encontrar o equilíbrio entre o que você ama, o que você é bom, o que o mundo precisa e o que você pode ser pago. Esses quatro elementos formam um diagrama chamado de mandala IKIGAI, que ajuda a visualizar o seu propósito de vida.
O IKIGAI tem vários benefícios para a sua saúde física, mental e emocional. Alguns deles são:
Para encontrar o seu IKIGAI, você precisa se observar, experimentar coisas novas, seguir a sua paixão e contribuir para a sociedade. Você pode começar por coisas simples e pequenas, como beber um café pela manhã ou ler um livro, e depois evoluir para objetivos maiores.
Você também pode preencher a mandala IKIGAI, que é uma ferramenta que te ajuda a identificar os quatro elementos do seu propósito de vida. Você pode encontrar um modelo online ou fazer o seu próprio. O importante é responder às perguntas com sinceridade e reflexão.
Shikata ga nai é uma expressão japonesa que significa “não há nada a fazer” ou “não se pode evitar”. É uma forma de aceitar as circunstâncias que estão além do nosso controlo, sem se lamentar ou se revoltar. É uma atitude de resignação e dignidade frente às adversidades da vida.
Shikata ga nai é uma expressão muito usada na cultura japonesa, que reflete a sua história de sofrimento e superação. Os japoneses usaram essa frase para lidar com as tragédias da Segunda Guerra Mundial, como os bombardeios atómicos, a ocupação estrangeira e os campos de concentração. O próprio imperador Hirohito disse “shikata ga nai” quando foi perguntado sobre o ataque nuclear a Hiroshima.
Shikata ga nai também pode ter um sentido negativo, de conformismo e passividade diante das forças sociais e políticas. Algumas pessoas criticam essa mentalidade por impedir a mudança e a inovação. Elas defendem que os japoneses devem lutar contra as injustiças e lutar pelos seus direitos.
Shikata ga nai é uma expressão que revela muito sobre a mentalidade japonesa, que valoriza a harmonia, a perseverança e a humildade. É uma forma de encarar a realidade sem ilusões ou expectativas, mas também sem desespero ou amargura.
Wabi sabi é um conceito estético japonês que se baseia na aceitação da imperfeição e da transitoriedade das coisas. É uma forma de apreciar a beleza que é “imperfeita, impermanente e incompleta” na natureza. É muito presente em várias formas de arte japonesa, como a cerimónia do chá, a arquitetura, a pintura e a poesia.
Wabi sabi nasceu a partir dos ideais do zen budismo, que ensina sobre as três marcas da existência: impermanência, sofrimento e ausência de essência. Esses conceitos levam à compreensão do vazio da mente, que traz tranquilidade e harmonia.
Wabi sabi é composto por dois termos relacionados: wabi e sabi. Wabi significa “quietude” e sabi significa “simplicidade”. Eles expressam o afeto que os japoneses têm pela simplicidade e pela subtileza. Wabi também se refere à solidão de viver na natureza, longe da sociedade, e sabi também significa “envelhecimento”. Esses sentidos mostram a valorização do despojamento, da rusticidade e do aspecto natural das coisas.
Algumas características do wabi sabi são: assimetria, rugosidade, simplicidade, economia, austeridade, modéstia, intimidade e apreciação dos objetos e das forças da natureza. É uma estética que busca a essência das coisas, sem excessos ou artifícios. É uma forma de encarar a realidade com serenidade e melancolia, sem ilusões ou expectativas.
Wabi sabi é uma filosofia de vida que nos ensina a aceitar as imperfeições e as mudanças como parte da beleza da vida. É uma forma de encontrar paz e felicidade no que é simples e autêntico.
GAMAN é um conceito japonês que significa “suportar o aparentemente insuportável com paciência e dignidade”. É uma forma de perseverança, tolerância e autocontrole diante das situações difíceis ou inesperadas da vida. É um valor muito importante para os japoneses, que reflete a sua história de sofrimento e superação.
GAMAN tem origem no zen budismo, que ensina sobre a impermanência, o sofrimento e a ausência de essência das coisas. Esses conceitos levam à compreensão do vazio da mente, que traz tranquilidade e harmonia. GAMAN é uma forma de aceitar a realidade como ela é, sem se lamentar ou se revoltar.
GAMAN está relacionado ao modo como o povo japonês se comporta em comunidade. Eles valorizam a calma, a ordem e o respeito ao próximo. Eles evitam conflitos desnecessários e mantêm a dignidade em momentos de crise. Eles também buscam um objetivo maior, que pode ser o bem-estar da família, da sociedade ou da nação.
GAMAN pode ser visto em vários exemplos da cultura japonesa, como na cerimónia do chá, na arte marcial, na culinária e na literatura. Também pode ser observado em situações cotidianas, como nas longas filas do metro, nos eventos públicos e nos desastres naturais.
GAMAN é um conceito que nos ensina a ter paciência e perseverança diante dos obstáculos da vida. É uma forma de encontrar força e sabedoria no que é simples e autêntico.
OUBAITORI é um conceito japonês que significa “cerejeira, damasco, pêssego e ameixa”. Cada uma dessas palavras representa uma flor diferente, que floresce na primavera, dando um espetáculo de cores no Japão. Essas flores simbolizam a beleza e a diversidade da natureza, que devem ser apreciadas e respeitadas.
OUBAITORI também é uma filosofia de vida que nos ensina a não nos compararmos com os outros, mas a valorizarmos as nossas capacidades únicas. Cada pessoa é como uma flor diferente, que tem o seu próprio encanto, o seu próprio tempo e o seu próprio espaço. Não faz sentido competir ou se sentir inferior por causa das diferenças. O importante é reconhecer e desenvolver os nossos talentos, sem nos deixarmos influenciar pelas expectativas ou pelos julgamentos alheios.
OUBAITORI é um conceito que nos ajuda a ter mais autoestima e confiança. É uma forma de celebrar a nossa individualidade e a nossa originalidade. É uma forma de viver em harmonia com nós mesmos e com os outros.
KAIZEN é um conceito japonês que significa “mudança para melhor” ou “melhoria contínua”. É uma filosofia que busca aperfeiçoar todos os aspectos da vida, seja pessoal, familiar, social ou profissional. No contexto empresarial, o KAIZEN é uma metodologia que visa reduzir os custos, aumentar a produtividade e melhorar a qualidade dos produtos e serviços.
O KAIZEN se originou a partir dos princípios do zen budismo, que ensina sobre a impermanência, o sofrimento e a ausência de essência das coisas. Esses conceitos levam à compreensão do vazio da mente, que traz tranquilidade e harmonia. O KAIZEN também se inspirou nas ideias da administração clássica de Taylor, que propunha a racionalização do trabalho e a eliminação dos desperdícios.
O KAIZEN popularizou-se no mundo todo na década de 1980, com o livro “Kaizen: A estratégia para o sucesso competitivo”, de Masaaki Imai. Nessa obra, o autor revela como o KAIZEN foi o pilar para o sistema de produção da Toyota, que impulsionou o seu sucesso mundial. O KAIZEN também foi adotado por outras empresas japonesas e ocidentais, que buscavam se adaptar às mudanças do mercado e satisfazer as necessidades dos clientes.
O objetivo do KAIZEN é promover uma cultura de melhoria contínua em todos os níveis da organização, envolvendo desde os líderes até os funcionários. O KAIZEN estimula a criatividade, a cooperação e a solução de problemas em equipe. O KAIZEN também se baseia em alguns conceitos e ferramentas, como os 5S’s (organização, limpeza, disciplina, etc.), o kanban (sistema de controle visual), o just in time (produção sob demanda) e o PDCA (ciclo de planear, fazer, verificar e agir).
O KAIZEN é um conceito que nos ensina a buscar a excelência em tudo o que fazemos. É uma forma de aprender com os erros, aproveitar as oportunidades e superar os desafios.
SHU-HA-RI é um conceito japonês que significa “obedecer, romper e superar”. É uma filosofia que descreve os estágios de aprendizado em escala progressiva. É muito aplicada às artes marciais, mas também pode ser usada para o desenvolvimento pessoal e profissional.
O SHU-HA-RI funciona da seguinte forma:
– SHU: é o estágio inicial, em que o aprendiz segue fielmente as instruções do mestre, sem questionar ou modificar as regras. O objetivo é adquirir as habilidades básicas e a disciplina necessária para avançar.
– HA: é o estágio intermediário, em que o aprendiz começa a entender os princípios por trás das regras e a experimentar novas formas de aplicá-las. O objetivo é ampliar o conhecimento e a criatividade para melhorar o desempenho.
– RI: é o estágio final, em que o aprendiz se torna independente do mestre e cria o seu próprio estilo, baseado na sua experiência e intuição. O objetivo é transcender as regras e alcançar a excelência.
O SHU-HA-RI é um conceito que nos ensina a evoluir de forma gradual e consistente, respeitando as etapas do aprendente e buscando a melhoria contínua. É uma forma de aprender com os outros, com nós mesmos e com a realidade.
Qual é o teu conceito preferido ? Ficaste com vontade de conhecer mais do Japão ?
Estudei na área de animação sócio cultural e sempre fui apaixonada por ler e escrever. Actualmente sou animadora sócio-cultural, consultora independente de viagens e também sou blogger nas temáticas lifestyle, moda, utilidades, desporto e viagens.
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